Na noite da última segunda-feira, Aracaju foi palco de uma tragédia que chocou a população: uma mãe “caiu” do alto de um prédio abraçada ao próprio filho. O caso rapidamente repercutiu nas redes sociais, mas teve pouco espaço na mídia tradicional.
O receio de incentivar novos casos — o chamado efeito Werther — faz muitos veículos de imprensa evitarem o tema. No entanto, fingir que não aconteceu não é uma solução. Muito pelo contrário: é uma omissão perigosa diante de uma crise de saúde mental que exige visibilidade e acolhimento.
A imprensa tem um papel de responsabilidade social
Noticiar casos assim com sensacionalismo é imprudente. Mas o silêncio completo também pode custar vidas. A imprensa tem o dever de informar com responsabilidade, abrir espaço para o debate e orientar a sociedade sobre sinais de alerta e onde buscar ajuda.
Como abordar o tema com ética?
Especialistas e órgãos internacionais recomendam:
Evitar divulgar detalhes sobre o método utilizado;
Não mostrar imagens da vítima ou da cena;
Não especular motivações simplistas;
Apontar caminhos de ajuda, como o CVV (188);
Incentivar a empatia e o acolhimento.
Não é apenas uma tragédia — é um alerta
Tragédias como a que ocorreu em Aracaju escancaram a falta de políticas públicas efetivas, de escuta e de e às famílias em sofrimento psíquico. Precisamos encarar esses episódios como sinais urgentes de uma sociedade que ainda silencia a dor emocional.
Saúde mental precisa estar na pauta todos os dias
O Setembro Amarelo trouxe avanços na conscientização, mas a imprensa não pode limitar essa discussão a apenas um mês. O sofrimento não tem data. E vidas podem ser salvas quando falamos com respeito, cuidado e responsabilidade.
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